terça-feira, 15 de março de 2011

Class of 2004.

Suas palavras me atingiram feito uma faca. Uma navalha afiada, cortando noite a dentro. E enquanto você diz adeus eu fico aqui, exposta, sangrando. E o que dizer depois do que foi dito? As lágrimas escorrem pelos meus olhos sujos e vermelhos. Posso ver no espelho o reflexo de minha realidade. Os círculos abaixo aos meus olhos adquiriram uma cor estranha. A única explicação eram as noites mal dormidas - quando dormidas - que passei. Eu estava magra, pálida de um jeito não-sexy, aliás, nada sexy. Minha boca ressecada dava uma falsa impressão de que eu nunca havia sorrido em toda minha vida. Eu ultimamente não havia motivos para sorrir, com todas as brigas. Mas mesmo assim, não podia cogitar a possibilidade do término. Só de pensar meu corpo se arrepiava, sentia calafrios e lágrimas brotavam aos meus olhos feito mágica. Meu corpo inteiro dóia a cada inspiração. Eu me deito no chão e fecho os olhos, tentando me acalmar. Respira, respira. A dor maior vem me atingindo aos poucos. O vazio e a solidão vence a guerra. Me encolho no chão, sangrando cada vez mais.
 (autor desconhecido)

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Seguindo em frente

As vezes o que precisamos está tão próximo.. Passamos, olhamos, mas não enxergamos. Não basta apenas olhar. É preciso saber olhar com os olhos, enxergar com a alma e apreciar com o coração. O primeiro passo para existir é imaginar. O segundo é nunca se esquecer de que querer fazer é poder fazer, basta acreditar.