3 horas e 17 minutos. Acordo assustado, gritanto e chorando. Minhas mãos escorregadiam percorrem a mesa da cabeceira ao lado de minha cama, tateando meu maço de camel às escuras. Em menos de um minuto acho meu isqueiro e acendo, tragando lentamente e tentando relaxar. Prontamente organizo meus pensamentos. Eu havia tido um pesadelo. O pior e mais real pesadelo que já tive. Constantemente, sonhava com a mesma coisa: uma garotinha numa praia. Ela está vestida num vestido azul, com uma aparência de velho. Ela está desesperada, gritando meu nome. Quando me aproximo, ela sai correndo e então a sigo. Mas nunca fui rápido o bastante, sempre acordava desesperado no meio da noite. Mas hoje à noite eu fui rápido, rápido o bastante para saber o final. Ela corre para uma floresta, onde os galhos - com espinho - arranham seu rosto, seus braços, suas pernas; mas ela parece não sentir a dor. Ela corria cada vez mais rápido e eu tentava alcançá-la, e por fim ela se refugiou numa caverna. Ela me convidou para entrar e pediu que eu ficasse em silêncio. Ao entrar, me desesperei ainda mais: os corpos das pessoas que mais amo em toda minha vida estavam lá, e ao que parecia, sem vida. E então comecei a chorar, desolado, e a pobre garota se aproximou e me abraçou. E ela sussurou as exatas palavras:
”Dê valor a quem te ama verdadeiramente, pois uma hora elas vão embora.” (autor desconhecido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário